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A expressão abaixo expressa a inexistência de um limite?

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Mensagempor Douglas16 » Sáb Mar 02, 2013 13:23

Eu tenho para mim que quando a variável dependente (y) que pertence a um função, tende ao infinito, então por ser um valor infinito não pode-se dizer que exista um limite. Isso é diferente quando a variável dependente tende a um valor finito, aí sim pode-se dizer que existe um limite. Então qual é a "convenção matemática" para funções em que a variável dependente tende ao infinito. Minha opinião é que não existe. Alguém pode confirmar qual é a convenção sobre isso no mundo matemático, se puder citar fontes oficiais (tipo a sociedade brasileira de matemática, por exemplo). É algo óbvio, creio eu, mas não conheço um material didático que diga explicitamente isso. Só quero saber qual é a posição oficial dos matemáticos sobre isso.
Abaixo segue duas expressões modelo:
1. \lim_{x\rightarrow0}\frac{1}{x*x}
2. \lim_{x\rightarrow0}\frac{x-2}{x*x-x}
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Re: A expressão abaixo expressa a inexistência de um limite?

Mensagempor Russman » Sáb Mar 02, 2013 18:21

Suponha que tenhamos uma função f(x) e desejamos estudar o que acontece com ela em dado x = x_0. Assim, calculamos o limite \underset{x\rightarrow x_0}{\lim }f(x). Se este limite existir, isto é, se existe um VALOR REAL L tal que \underset{x\rightarrow x_0}{\lim }f(x) = L então dizemos que esta função é limitada por L em x=x_0. Porém, se \underset{x\rightarrow x_0}{\lim }f(x) = \pm \infty então dizemos que a função não é limitada, ou seja, o limite em x=x_0 não existe.

Há casos em que temos de estudar os limites LATERAIS. Estes são calculados quando aproximamos x de x_0 pela esquerda e pela direita. Por exemplo, dizer que

\underset{x\rightarrow 0}{\lim }\left (\frac{1}{x}  \right ) = \infty

é um "erro" comum. Na verdade não um erro, mas sim uma forma corriqueira de dizer que quando aproximamos x de 0 vindo DA DIREITA pela função f(x) = \frac{1}{x} estamos tendo valores cada vez maiores. Agora, se aproximarmos x peka esquerda nessa função teremos não mais \infty e sim - \infty. De fato,

ScreenHunter_01 Mar. 02 17.19.gif
Graáfico
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Vemos claramente que

\underset{x\rightarrow 0^-}{\lim }\left (\frac{1}{x}  \right ) = -\infty
\underset{x\rightarrow 0^+}{\lim }\left (\frac{1}{x}  \right ) = +\infty

Assim, o limite bilateral não existe e a função não é diferenciável nesse ponto e blá, blá, blá... ;))
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Re: A expressão abaixo expressa a inexistência de um limite?

Mensagempor Douglas16 » Sáb Mar 02, 2013 19:38

Então resumindo: muito do que se fala é na verdade um erro na forma de se expressar. Pois colocar um sinal de igual e depois dele um símbolo matemático de infinito deve ser traduzido como "cada vez maior" e não que se possa admitir o infinito como um limite, isso é ilógico. Game over :?:
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Assunto: Exercicios de polinomios
Autor: shaft - Qua Jun 30, 2010 17:30

2x+5=\left(x+m\right)²-\left(x-n \right)²

Então, o exercicio pede para encontrar {m}^{3}-{n}^{3}.

Bom, tentei resolver a questão acima desenvolvendo as duas partes em ( )...Logo dps cheguei em um resultado q nao soube o q fazer mais.
Se vcs puderem ajudar !


Assunto: Exercicios de polinomios
Autor: Douglasm - Qua Jun 30, 2010 17:53

Bom, se desenvolvermos isso, encontramos:

2x+5 = 2x(m+n) + m^2-n^2

Para que os polinômios sejam iguais, seus respectivos coeficientes devem ser iguais (ax = bx ; ax² = bx², etc.):

2(m+n) = 2 \;\therefore\; m+n = 1

m^2-n^2 = 5 \;\therefore\; (m+n)(m-n) = 5 \;\therefore\; (m-n) = 5

Somando a primeira e a segunda equação:

2m = 6 \;\therefore\; m = 3 \;\mbox{consequentemente:}\; n=-2

Finalmente:

m^3 - n^3 = 27 + 8 = 35

Até a próxima.