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Série vira Integral

Série vira Integral

Mensagempor Questioner » Dom Mai 23, 2010 13:12

Olá,

Preciso determinar se a seguinte série converge:
\sum_{\infty}^{k=1} \frac{{tg}^{-1} k}{1+{k}^{2}}

Comecei utilizando o teste da integral:
\lim_{b\rightarrow\infty} \int_{0}^{b}  \frac{{tg}^{-1} b}{1+{k}^{2}}

Ok. Observando, lembrei que se utiliza-se a ideia de que:

\int_{}^{} \frac{dx}{\sqrt[]{1+{x}^{2}}}

e nela podemos usar uma substituição trigonométrica.

x = a \,tg(\Theta)

Ou seja, a equação poderia ser descrita como:

\lim_{b\rightarrow\infty} \int_{0}^{b}  \frac{{tg}^{-1} b}{\sqrt[]({}1+{b}^{4})}

Substituindo:

{x}^{2} = tg(\Theta)\, ,x = \sqrt[]{tg(\Theta)}\, ,d({x}^{2}) = {sec}^{2}(\Theta)

Ou seja,
1 + {({x}^{2})}^{2} = 1 + {tg}^{2}(\Theta) = {sec}^{2} (\Theta)

ATENÇÃO AGORA. Fiz de dois jeitos distintos, pois fiquei na dúvida. Vejam se algum confere, por favor:

JEITO A

Voltando a primeira integral:

\int_{}^{} \frac{{sec}^{2}(\Theta)}{{sec}^{2}(\Theta)}\,arctg(\Theta)

Seguindo:

\int_{}^{} arctg(\Theta)= arccotg (\Theta) + ln\,\sqrt[]{2} + C

Limite:

\lim_{b\rightarrow\infty} arccotg (b) + ln\,\sqrt[]{2}

O jeito B também não confere com o resultado final.


RESULTADO FINAL: \frac{3\pi}{32}



Acho que fiz uma tempestade em um copo d'água. A resolução deve ser muito mais simples, mas não consigo vê-la. Alguém pode me ajudar?

Obrigado!
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Re: Série vira Integral

Mensagempor magellanicLMC » Qua Fev 05, 2014 22:06

está certo o teste que tu resolveu usar mas primeiro tu pode facilitar a questão trazendo p uma função de x que vá se comportar de uma forma já conhecida no caso eu faria f\left(x \right)= \frac{{tg}^{-1}x}{{x}^{2}+1} e começaria a trabalhar a partir dela
p/ que o teste da integral seja efetuado precisamos primeiro conferir algumas condições
1) a série ser decrescente e continua
2)apresentar termos positivos p/ x maior que 1
supondo que a função de fato admita essas condições vamos aplicar o teste da integral (caso tu tenhas dificuldades aqui pergunte)
\int_{1}^{\infty}\frac{{tg}^{-1}x}{{x}^{2}+1}
\lim_{b->\infty}\int_{1}^{b}\frac{{tg}^{-1}x}{{x}^{2}+1}
considerando u= {tg}^{-1}xdu=\frac{1}{{x}^{2}+1}dx que é exatamente o que temos em nossa integral, substituindo fica \lim_{b->\infty}\int_{1}^{b}udu
\lim_{b->\infty} \frac{{u}^{2}}{2} voltando p/u e aplicando os limites fica \lim_{b->\infty} \frac{{arctg}^{2}b}{2}-\frac{{arctg}^{2}1}{2}
analisando o gráfico da tangente e invertendo nos temos o gráfico da arcotangente ou seja
\frac{ \frac{{\pi}^{2}}{2}}{2}- \frac{  \frac{{\pi}^{2}}{4} }{2} = \frac{3{\pi}^{2}}{32}
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Re: Série vira Integral

Mensagempor e8group » Qui Fev 06, 2014 12:21

Se não foi determinado um método a seguir , no meu ponto de vista , um método bem simples é o dá comparação .

Observe que a função tangente definida do intervalo (\pi/2, \pi/2) ao \mathbb{R} é injetora e sobrejetora (podemos ver esboçando o gráfico) . Assim , a função arco tangente (inversa da tangente) está bem definida de \mathbb{R} em (\pi/2, \pi/2) e esta função por sua vez é limitada superiormente por \pi/2 e inferiormente por -\pi/2 e assim ela é limitada por \pi/2 o que significa que |arctan(x)| < \pi/2 para todo x . Quando multiplicamos está desigualdade por 1/(x^2+1) obtemos que

|f(x)| < \frac{\pi/2}{x^2+1} . Desta forma , para n \in \mathbb{N} , pondo a_n = f(n) temos

|a_n | <    \frac{\pi}{2} \cdot  \frac{1}{n^2+1} .Pelo que \sum \frac{1}{n^2+1} converge ,então \sum |a_n| converge .Logo , \sum a_n converge .
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Re: Série vira Integral

Mensagempor magellanicLMC » Qui Fev 06, 2014 23:07

concordo com o que tu desenvolveu santhiago, eu realmente só fiz pelo método mais trabalhoso pqe falava em integral no enunciado mas é preferível o teu jeito hahaha
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Assunto: método de contagem
Autor: sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 09:10

Veja este exercício:

Se A = {x \in Z \hspace{1mm} | \hspace{1mm} \frac{20}{x} = n, n \in N} e B = {x \in R \hspace{1mm} | \hspace{1mm} x = 5m, m \in z}, então o número de elementos A \cap B é:

Eu tentei resolver este exercício e achei a resposta "três", mas surgiram muitas dúvidas aqui durante a resolução.

Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?

No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:

existe oposto de zero?
existe inverso de zero?
zero é par, certo?
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x?
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z?
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z?

A resposta é 3?

Obrigado.


Assunto: método de contagem
Autor: Molina - Seg Mai 25, 2009 20:42

Boa noite, sinuca.

Se A = {x \in Z \hspace{1mm} | \hspace{1mm} \frac{20}{x} = n, n \in N} você concorda que n só pode ser de 1 a 20? Já que pertence aos naturais?
Ou seja, quais são os divisores de 20? Eles são seis: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, o conjunto A é A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}

Se B = {x \in R \hspace{1mm} | \hspace{1mm} x = 5m, m \in z} você concorda que x será os múltiplos de 5 (positivos e negativos)? Já que m pertence ao conjunto Z?
Logo, o conjunto B é B = {... , -25, -20, -15, -10, -5, 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...

Feito isso precisamos ver os números que está em ambos os conjuntos, que são: 5, 10 e 20 (3 valores, como você achou).

Vou responder rapidamente suas dúvidas porque meu tempo está estourando. Qualquer dúvida, coloque aqui, ok?

sinuca147 escreveu:No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:

existe oposto de zero? sim, é o próprio zero
existe inverso de zero? não, pois não há nenhum número que multiplicado por zero resulte em 1
zero é par, certo? sim, pois pode ser escrito da forma de 2n, onde n pertence aos inteiros
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x? Sim, pois basta pegar x e multiplicar por -1 que encontramos -x
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z? Sim, tais perguntando se todo número é multiplo de si mesmo
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z? Sim, pois basta pegar -z e multiplicar por -1 que encontramos x

A resposta é 3? Sim, pelo menos foi o que vimos a cima


Bom estudo, :y:


Assunto: método de contagem
Autor: sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 23:35

Obrigado, mas olha só este link
http://www.colegioweb.com.br/matematica ... ro-natural
neste link encontra-se a a frase:
Múltiplo de um número natural é qualquer número que possa ser obtido multiplicando o número natural por 0, 1, 2, 3, 4, 5, etc.

Para determinarmos os múltiplos de 15, por exemplo, devemos multiplicá-lo pela sucessão dos números naturais:

Ou seja, de acordo com este link -5 não poderia ser múltiplo de 5, assim como 5 não poderia ser múltiplo de -5, eu sempre achei que não interessava o sinal na questão dos múltiplos, assim como você me confirmou, mas e essa informação contrária deste site, tem alguma credibilidade?

Há e claro, a coisa mais bacana você esqueceu, quero saber se existe algum método de contagem diferente do manual neste caso:
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?