por Shetach Hefker » Qui Jan 10, 2013 19:01
Olá amigos, alguém poderia me ajudar a resolver a seguinte demonstração? "Prove que todo número primo maior que 2 é impar". Não encontrei qualquer referência sobre esta questão, motivo pelo qual qualquer ajuda será bem vinda. Obrigado
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por young_jedi » Qui Jan 10, 2013 20:38
todos os numeros pares são divisiveis por dois, portanto não podem ser primos alem do proprio 2
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por Shetach Hefker » Qui Jan 10, 2013 20:45
young_jedi escreveu:todos os numeros pares são divisiveis por dois, portanto não podem ser primos alem do proprio 2
Olá young, ocorre o seguinte: tal assertiva deverá ser demonstrada. Por exemplo: "se n é par, então n^2 também é par". Dai demonstra-se que um número par é da forma n=2k e que (2K)^2 é igual a 4k^2, que é igual a 2(2k^2). Fazendo 2k^2 = z, temos 2z, que também é par. Estes procedimentos deverão ser adotados também para a resolução do enunciado que fiz em relação aos números primos. Sua colocação é consistente, mas falta a prova. É neste sentido que gostaria de contar com a ajuda de vocês.
Complementando, sei que tal resposta é baseada na conclusão por absurdo. Também verifica-se, através dos estudos de Euler, que nem todo número ímpar maior que 2 é primo. Mas a demonstração disso, teoricamente falando, é algo difícil. Há muitas demonstrações relativas as questões envolvendo números primos, mas com relação a este que fiz acima não encontrei uma demonstração.
Este exercício encontra-se na página 9, número 1, do livro "Análise Matemática - Geraldo Ávila" (tenho em pdf se precisar). A resposta do livro é bem evasiva: "Propomos aqui uma propriedade muito simples dos números primos. Nâo obstante isso, ela precisa ser demonstrada; e a demonstração pode ser feita por redução ao absurdo, confrontando a definição de número primo com a suposição de que o número primo em questão seja maior que 2".
Aí está o problema, como demonstrar?
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por young_jedi » Qui Jan 10, 2013 22:13
bom vamos supor um numero primo maior que 2, dizemos que esse numero é x
agora se x é primo então ele é divisivel somente por si mesmo e por 1
agora vamos supor que x seja par portanto ele pode ser escrito como

onde k pode ser qualquer numero inteiro positivo, mais se dividirmos x por 2 teremos

como k é um numero inteiro então x é divisivel por 2, ou seja x é divisivel por ele mesmo, por 1 e por 2, portanto x não pode ser um numero primo.
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por Shetach Hefker » Qui Jan 10, 2013 22:48
young_jedi escreveu:bom vamos supor um numero primo maior que 2, dizemos que esse numero é x
agora se x é primo então ele é divisivel somente por si mesmo e por 1
agora vamos supor que x seja par portanto ele pode ser escrito como

onde k pode ser qualquer numero inteiro positivo, mais se dividirmos x por 2 teremos

como k é um numero inteiro então x é divisivel por 2, ou seja x é divisivel por ele mesmo, por 1 e por 2, portanto x não pode ser um numero primo.
Sua resposta é muito interessante, e consistente. Comparei seus argumentos com os princípios que norteiam os números primos e entendi que atendem perfeitamente as regras neles estabelecidas,senão vejamos: Dizemos que n é um número primo se seus únicos divisores positivos são a unidade e ele mesmo (isso ficou provado na sua demonstração). Caso contrário, dizemos que n é composto. Em outras palavras, um número natural n > 1 é primo se sempre que escrevermos n = a.b, com a.b E N, temos necessariamente a = 1; b = n ou a = n; b = 1. Consequentemente um número natural n > 1 é composto se existem a.b E N, com 1 < a < n e 1 < b < n, tais que n = a.b. Então com base no que respondeu, podemos concluir que: 1) O número 1 não e primo nem composto; 2) Se a E Z, a > 0, então ou a é primo, ou a é composto, ou a = 1; 3) O número 2 é o único natural par que é primo; 4) De acordo com a definição acima, para decidir se um dado número n é primo é necessário verificar a divisibilidade dele (o que foi feito por você) por todos os números naturais menores que ele, o que é extremamente trabalhoso a medida que avançamos na sequencia dos números naturais. De fato, se x fosse primo e como x > 2, não existiriam naturais a e b tais que x = ab, onde 1 < a < x e 1 < b < x. Portanto, x não é primo. Pra mim a solução é esta que você bem relatou. Solução por redução ao absurdo, mediante comparação com as propriedades do números pares/ímpares. Era isso!!! Só tenho a agradecer, foi muito útil e interessante o modo como bem delineou a resposta. Obrigado mesmo!
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Autor:
felipe_ad - Ter Jun 29, 2010 19:44
Como resolvo uma questao desse tipo:
Uma usina de britagem produz pó de pedra, que ao ser depositado no solo, forma uma pilha cônica onde a altura é aproximadamente igual a 4/3 do raio da base.
(a) Determinar a razão de variação do volume em relação ao raio da base.
(b) Se o raio da base varia a uma taxa de 20 cm/s, qual a razão de variação do volume quando o raio mede 2 m?
A letra (a) consegui resolver e cheguei no resultado correto de

Porem, nao consegui chegar a um resultado correto na letra (b). A resposta certa é
Alguem me ajuda? Agradeço desde já.
Assunto:
Taxa de variação
Autor:
Elcioschin - Qua Jun 30, 2010 20:47
V = (1/3)*pi*r²*h ----> h = 4r/3
V = (1/3)*pi*r²*(4r/3) ----> V = (4*pi/9)*r³
Derivando:
dV/dr = (4*pi/9)*(3r²) -----> dV/dr = 4pi*r²/3
Para dr = 20 cm/s = 0,2 m/s e R = 2 m ----> dV/0,2 = (4*pi*2²)/3 ----> dV = (3,2/3)*pi ----> dV ~= 1,066*pi m³/s
Assunto:
Taxa de variação
Autor:
Guill - Ter Fev 21, 2012 21:17
Temos que o volume é dado por:
Temos, portanto, o volume em função do raio. Podemos diferenciar implicitamente ambos os lados da equação em função do tempo, para encontrar as derivadas em função do tempo:
Sabendo que a taxa de variação do raio é 0,2 m/s e que queremos ataxa de variação do volume quando o raio for 2 m:

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