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Limite- Continuidade em intervalos

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Mensagempor killerkill » Sáb Ago 13, 2011 02:25

Para saber se há continuidade em um valor a, os limites laterais devem ser iguais a função definida em a. Isto é:
\lim_{x\rightarrow a}= f(a)
Mais a minha dúvida é quanto à continuidade em intervalos [a,b].
Supomos que a<b, até onde eu sei, devo analisar da seguinte maneira:
\lim_{x\rightarrow a+}=f(a)

e

\lim_{x\rightarrow b-}=f(b)

Até esse ponto do raciocínio eu intendo, mais eu fico pensando no seguinte: oque me garante que entre a e b não existe um valor tal que f(x) não seja contínua?
Outra pequena dúvida, se o intervalo fosse ]a,b[ eu deveria analisar assim:

\lim_{x\rightarrow a^+}\neq f(a)

e

\lim_{x\rightarrow b^-}\neq f(b)

Correto?
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Re: Limite- Continuidade em intervalos

Mensagempor LuizAquino » Sáb Ago 13, 2011 22:04

killerkill escreveu:o que me garante que entre a e b não existe um valor tal que f(x) não seja contínua?


O que vai lhe garantir é o conhecimento da função em questão.

Por exemplo, você sabe que uma reta é continua em todo o seu domínio.

Por exemplo, a função f(x) = x + 1 é contínua em todo o \mathbb{R} .

Imagine agora que você vai tomar outra função que é um "pedaço" de f. Por exemplo, g : [-1,\,1] \to \mathbb{R} tal que g(x) = x + 1 . Naturalmente g será contínua em [-1, 1].

Vejamos agora outro exemplo. Considere a função f(x) = \frac{1}{x} , que como você sabe é contínua em todo o \mathbb{R}^* .

Se você tomar o "pedaço" de f dado por g : [1,\,2] \to \mathbb{R} tal que g(x) = \frac{1}{x}, então g é contínua em [1, 2].

Por outro lado, se você tomar o "pedaço" dado por h : [-1,\,1] \to \mathbb{R} tal que h(x) = \frac{1}{x}, então h não é contínua em todo o [-1, 1].

killerkill escreveu:Outra pequena dúvida, se o intervalo fosse ]a,b[ eu deveria analisar assim:

\lim_{x\rightarrow a^+}\neq f(a)

e

\lim_{x\rightarrow b^-}\neq f(b)

Correto?

Está incorreto. O que você deve verificar é se para todo c\in]a,\,b[ é valido que \lim_{x\to c}f(x) = f(c) .

Voltando aos exemplos anteriores, note que:
(i) g : ]-1,\,1[ \to \mathbb{R} definida por g(x) = x + 1 é contínua em ]-1, 1[;

(ii) h : ]-1,\,1[ \to \mathbb{R} definida por h(x) = \frac{1}{x} não é contínua em todo o ]-1, 1[.
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Re: Limite- Continuidade em intervalos

Mensagempor killerkill » Dom Ago 14, 2011 00:18

Entendi , muito obrigado Luiz! =D
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Re: Limite- Continuidade em intervalos

Mensagempor killerkill » Dom Ago 14, 2011 00:31

Luiz, aproveitando esse tópico, seria correto eu responder tal exercício dessa forma da seguinte forma?
Use a definição da continuidade e propriedades de limites para mostrar que a função é contínua no intervalo dado:
f(x)=\frac{2x+3}{x-2}

\left(2,\infty \right)

A função f(x) é contínua no intervalo \left(2,\infty \right) se for contínua em todos os números do seu intervalo. O único valor em f(x) em que f nao é contínua é em x=2, pois x-2\neq0.
Logo, no intervalo aberto dado, f(x) é contínua.

Essa seria minha resposta. mais sinto um pouco teórica demais, poderia me ajudar a me expressar de outra maneira?
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Re: Limite- Continuidade em intervalos

Mensagempor LuizAquino » Dom Ago 14, 2011 12:37

killerkill escreveu:Essa seria minha resposta. mais sinto um pouco teórica demais, poderia me ajudar a me expressar de outra maneira?

Em primeiro lugar, não há problema em ser teórico.

Em segundo lugar, veja o que o exercício pede (e você não fez):

"Use a definição da continuidade e propriedades de limites para mostrar que a função é contínua no intervalo dado (...)"

Isso significa que você precisa tomar c\in (2,\,+\infty) e usando as propriedades de limites mostrar que \lim_{x\to c} f(x) = f(c) .
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Re: Limite- Continuidade em intervalos

Mensagempor killerkill » Qua Ago 17, 2011 21:59

Então, eu só consegui pensar em fazer essa questão dessa maneira:
Sendo c \in (2,\infty) então \lim_{x\rightarrow c} f(x)=f(c). Logo:

\lim_{x\rightarrow c}f(x)= f(c)


\lim_{x\rightarrow c} \frac{2x+3}{x-2}=\frac{\lim_{x\rightarrow c }2x+\lim_{x\rightarrow c}3}{\lim_{x\rightarrow c}x-\lim_{x\rightarrow c}2}= \frac{2c+3}{c-2}= f(c)
Portanto, a função f(x) é contínua no intervalo dado.

Estaria correto essa resposta?
Apliquei as propriedade dos limites. Mais me veio uma outra dúvida, no caso de uma função g(x) não ser contínua num dado intervalo. você tem algum exemplo ?
Grato.=D
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Re: Limite- Continuidade em intervalos

Mensagempor LuizAquino » Qua Ago 17, 2011 22:57

killerkill escreveu:\lim_{x\rightarrow c} \frac{2x+3}{x-2}=\frac{\lim_{x\rightarrow c }2x+\lim_{x\rightarrow c}3}{\lim_{x\rightarrow c}x-\lim_{x\rightarrow c}2}= \frac{2c+3}{c-2}= f(c)
Portanto, a função f(x) é contínua no intervalo dado.

Estaria correto essa resposta?

Sim, já que c\neq 2 .


killerkill escreveu:(...) no caso de uma função g(x) não ser contínua num dado intervalo. você tem algum exemplo ?
Grato.=D


Por exemplo, tome essa mesma função f(x)=\frac{2x + 3}{x - 2} e o intervalo [2,\, +\infty) .
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Re: Limite- Continuidade em intervalos

Mensagempor killerkill » Qua Ago 17, 2011 23:17

De fato! Obrigado mais uma vez Luiz!
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Assunto: método de contagem
Autor: sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 09:10

Veja este exercício:

Se A = {x \in Z \hspace{1mm} | \hspace{1mm} \frac{20}{x} = n, n \in N} e B = {x \in R \hspace{1mm} | \hspace{1mm} x = 5m, m \in z}, então o número de elementos A \cap B é:

Eu tentei resolver este exercício e achei a resposta "três", mas surgiram muitas dúvidas aqui durante a resolução.

Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?

No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:

existe oposto de zero?
existe inverso de zero?
zero é par, certo?
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x?
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z?
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z?

A resposta é 3?

Obrigado.


Assunto: método de contagem
Autor: Molina - Seg Mai 25, 2009 20:42

Boa noite, sinuca.

Se A = {x \in Z \hspace{1mm} | \hspace{1mm} \frac{20}{x} = n, n \in N} você concorda que n só pode ser de 1 a 20? Já que pertence aos naturais?
Ou seja, quais são os divisores de 20? Eles são seis: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, o conjunto A é A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}

Se B = {x \in R \hspace{1mm} | \hspace{1mm} x = 5m, m \in z} você concorda que x será os múltiplos de 5 (positivos e negativos)? Já que m pertence ao conjunto Z?
Logo, o conjunto B é B = {... , -25, -20, -15, -10, -5, 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...

Feito isso precisamos ver os números que está em ambos os conjuntos, que são: 5, 10 e 20 (3 valores, como você achou).

Vou responder rapidamente suas dúvidas porque meu tempo está estourando. Qualquer dúvida, coloque aqui, ok?

sinuca147 escreveu:No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:

existe oposto de zero? sim, é o próprio zero
existe inverso de zero? não, pois não há nenhum número que multiplicado por zero resulte em 1
zero é par, certo? sim, pois pode ser escrito da forma de 2n, onde n pertence aos inteiros
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x? Sim, pois basta pegar x e multiplicar por -1 que encontramos -x
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z? Sim, tais perguntando se todo número é multiplo de si mesmo
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z? Sim, pois basta pegar -z e multiplicar por -1 que encontramos x

A resposta é 3? Sim, pelo menos foi o que vimos a cima


Bom estudo, :y:


Assunto: método de contagem
Autor: sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 23:35

Obrigado, mas olha só este link
http://www.colegioweb.com.br/matematica ... ro-natural
neste link encontra-se a a frase:
Múltiplo de um número natural é qualquer número que possa ser obtido multiplicando o número natural por 0, 1, 2, 3, 4, 5, etc.

Para determinarmos os múltiplos de 15, por exemplo, devemos multiplicá-lo pela sucessão dos números naturais:

Ou seja, de acordo com este link -5 não poderia ser múltiplo de 5, assim como 5 não poderia ser múltiplo de -5, eu sempre achei que não interessava o sinal na questão dos múltiplos, assim como você me confirmou, mas e essa informação contrária deste site, tem alguma credibilidade?

Há e claro, a coisa mais bacana você esqueceu, quero saber se existe algum método de contagem diferente do manual neste caso:
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?