por nietzsche » Dom Jan 16, 2011 16:10
Boa tarde.
Seja Gn = {x é real: -1/n < x < 1+1/n } , onde n é natural.
A interseção dos conjuntos Gn é o conjunto F = {x é real: 0<= x <= 1}.
Se x pertence a interseção dos Gn, então ele pertence a todos Gn, para todo n. Mas como explicar que o 0 e o 1 sãos as cotas que limitam o intervalo de F?
Agradeço desde já.
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por nietzsche » Sex Jun 24, 2011 22:33
nietzsche escreveu:Boa tarde.
Seja Gn = {x é real: -1/n < x < 1+1/n } , onde n é natural.
A interseção dos conjuntos Gn é o conjunto F = {x é real: 0<= x <= 1}.
Se x pertence a interseção dos Gn, então ele pertence a todos Gn, para todo n. Mas como explicar que o 0 e o 1 sãos as cotas que limitam o intervalo de F?
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por MarceloFantini » Sáb Jun 25, 2011 01:33
Bom, temos que

. O que nós queremos é determinar F tal que

. Eu pensei assim: se você tomar o limite dos dois lados da desigualdade, com

, veja que o único conjunto que pertence a todos é realmente

, pois

. Isto é mais uma idéia intuitiva, não considero isso como um argumento rigoroso.
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por nietzsche » Sáb Jun 25, 2011 11:09
olá marcelo fantini,
eu pensei nisso que vc disse. mas minha dúvida é porque depois do limite o intervalo em que x está fica fechado: 0<= x <= 1?
esse exemplo é do livro 'elements of real analysis', do autor bartle, ou seja, é verdade que x pertence a [0,1]. por que não somente ]0,1[ ?
toda idéia é bem-vinda.
abraço.
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por MarceloFantini » Sáb Jun 25, 2011 11:15
Não sei se há razão específica, afinal de contas
![]0,1[ \subset [0,1] ]0,1[ \subset [0,1]](/latexrender/pictures/7ad02b7ee807696544aad5b57470d4ba.png)
. Talvez para ficar mais elegante.
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por nietzsche » Sáb Jun 25, 2011 13:44
creio que não seja pra ficar mais elegante. se trabalharmos com derivadas, por exemplo, nesse intervalo, os extremos serão muito importantes. então vcai importar se estamos num intervalo aberto ou fechado.
vale a pena estudar para descobrir a resposta. carrego essa dúvida desde o primeiro semestre e ainda não sei como resolvê-la. não sei se é óbvia a resposta, considerando a teoria de conjuntos, mas ainda não vi a resposta dessa questão.
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por nietzsche » Sáb Jun 25, 2011 13:46
pensei em algo agora: talvez saia por indução. depois vou tentar fazer.
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por MarceloFantini » Dom Jun 26, 2011 01:07
Em termos de derivada basta o intervalo ser aberto, não?
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por nietzsche » Dom Jun 26, 2011 01:18
o que quis dizer é que a se união de infinitos conjuntos Gn, for um conjunto aberto e vc fechar e for tentar resolver um problema de equações diferenciais (por exemplo o problema de sturm-liouville, onde os extremos do intervalo são importante), vc está resolvendo um outro problema. e se a função não tá definida, se os limites laterais não existirem? vai surgir problemas. por isso que falei que "acochambrar" um intervalo (a,b) para um [a,b] não á algo trivial se estamos lidando com derivadas.
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por MarceloFantini » Dom Jun 26, 2011 01:21
Porque não pergunta a algum de seus professores?
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por nietzsche » Dom Jun 26, 2011 20:30
por que todos do fórum não perguntam a seus professores???? assim não precisaria dum fórum.
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por MarceloFantini » Dom Jun 26, 2011 20:38
Assim como fiz no outro post, quero deixar claro que não tenho intenção de te ofender, portanto peço desculpas se o comentário que fiz soou ofensivo. Fiz o questionamento pois parece-me que é uma dúvida que permanece a muito tempo (desde o primeiro semestre da graduação, segundo você) e que portanto parece razoável que se no fórum não surgiram respostas, seria natural perguntar a alguém na faculdade sobre um esclarecimento na questão.
Por curiosidade, qual semestre da gradução você está? Abraços.
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por nietzsche » Dom Jun 26, 2011 21:26
estou no penúltimo semestre, tirando os atrasos. essa dúvida surgiu quando li o livro do bartle, depois de já ter feito um primeiro curso de análise. mas como não precisei resolver, não fui atrás. geralmente essa parte de teoria de conjuntos, é dado com maior enfoque em outras discplinas mais avançadas, visto que é bem confuso falar de uma sequência de conjuntos, intervalos, etc, sem termos uma noção básica de topologia da reta, limites, entre outros assuntos. queria ver até onde minha dúvida vai, até que ponto eu precisaria aprender matemática para resolve-la de forma completa, por isso não quis procurar um professor. é bom rever coisas passadas, com uma nova visão.
tinha soado meu agressivo, mas vi que não foi nada de mais. estamos aqui pra aprender, discutir, descobrir coisas, então é bom deixar de lado qualquer tipo de agressão.
um abraço
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sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 09:10
Veja este exercício:
Se A = {

} e B = {

}, então o número de elementos A

B é:
Eu tentei resolver este exercício e achei a resposta "três", mas surgiram muitas dúvidas aqui durante a resolução.
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?
No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:
existe oposto de zero?
existe inverso de zero?
zero é par, certo?
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x?
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z?
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z?
A resposta é 3?
Obrigado.
Assunto:
método de contagem
Autor:
Molina - Seg Mai 25, 2009 20:42
Boa noite, sinuca.
Se A = {

} você concorda que n só pode ser de 1 a 20? Já que pertence aos naturais?
Ou seja, quais são os divisores de 20? Eles são seis: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, o conjunto A é
A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Se B = {

} você concorda que x será os múltiplos de 5 (positivos e negativos)? Já que m pertence ao conjunto Z?
Logo, o conjunto B é
B = {... , -25, -20, -15, -10, -5, 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...
Feito isso precisamos ver os números que está em ambos os conjuntos, que são:
5, 10 e 20 (3 valores, como você achou).
Vou responder rapidamente suas dúvidas porque meu tempo está estourando. Qualquer dúvida, coloque aqui, ok?
sinuca147 escreveu:No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:
existe oposto de zero? sim, é o próprio zero
existe inverso de zero? não, pois não há nenhum número que multiplicado por zero resulte em 1
zero é par, certo? sim, pois pode ser escrito da forma de 2n, onde n pertence aos inteiros
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x? Sim, pois basta pegar x e multiplicar por -1 que encontramos -x
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z? Sim, tais perguntando se todo número é multiplo de si mesmo
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z? Sim, pois basta pegar -z e multiplicar por -1 que encontramos x
A resposta é 3? Sim, pelo menos foi o que vimos a cima
Bom estudo,

Assunto:
método de contagem
Autor:
sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 23:35
Obrigado, mas olha só este link
http://www.colegioweb.com.br/matematica ... ro-natural
neste link encontra-se a a frase:
Múltiplo de um número natural é qualquer número que possa ser obtido multiplicando o número natural por 0, 1, 2, 3, 4, 5, etc.
Para determinarmos os múltiplos de 15, por exemplo, devemos multiplicá-lo pela sucessão dos números naturais:
Ou seja, de acordo com este link -5 não poderia ser múltiplo de 5, assim como 5 não poderia ser múltiplo de -5, eu sempre achei que não interessava o sinal na questão dos múltiplos, assim como você me confirmou, mas e essa informação contrária deste site, tem alguma credibilidade?
Há e claro, a coisa mais bacana você esqueceu, quero saber se existe algum método de contagem diferente do manual neste caso:
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?
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