por ricardo de azevedo » Sex Ago 30, 2013 08:37
Bom dia,
Gostaria de tirar uma dúvida como calcular f(2) e f(3).
Seja a função f(a + b) = f(a) . f(b), se f(1) = 9, calcule f(2) e f(3)=?
Muito obrigado pela atenção
-
ricardo de azevedo
- Novo Usuário

-
- Mensagens: 2
- Registrado em: Sex Ago 23, 2013 10:12
- Formação Escolar: GRADUAÇÃO
- Área/Curso: Matematica
- Andamento: cursando
por e8group » Sex Ago 30, 2013 13:00
Este exercício só pede para determinar a imagem de 2 e 3 por f ? Caso seja apenas isto ,vale apena observar que todo número n natural é reescrito como combinação linear do número 1 , pois , n = 1 + ...+ 1 ( n-vezes) . Assim se n pertence ao domínio da função f , segue-se que f(n) = f(1 + (n-1)) = f(1) f(n-1)= f(1)f(1+(n-2)) = [f(1)]^2 f(n-2)= ... = [f(1)]^n= 9^n (aqui utilizamos a definição f(a+b)=f(a)f(b) (**) ) .
Apesar de sabermos determinar a imagem de qualquer número natural por f ,não conseguiríamos determinar f(x) facilmente quando x não for um número natural .Uma forma alternativa é notar que a função exponencial tem a propriedade (**).
-
e8group
- Colaborador Voluntário

-
- Mensagens: 1400
- Registrado em: Sex Jun 01, 2012 12:10
- Formação Escolar: GRADUAÇÃO
- Área/Curso: Engenharia Elétrica
- Andamento: cursando
por Russman » Sex Ago 30, 2013 14:38
De forma simples podemos tomar a=b=1. Assim, de acordo com a propriedade
f(1+1) = f(1).f(1) ==> f(2) = 9.9 = 81
Agora, tomando a=2 e b=1, temos
f(2+1) = f(2).f(1) = 81.9 = 729 .
Note que se você supor f(x) = c. e^(kx), onde f: R->R , c e k constantes reais quaisquer, então
f(a+b) = c.e^(k(a+b)) = c.e^(ka+kb) = c.e^(ka).e^(kb)
f(a).f(b) = c.e^(ka).c.e^(kb) = c^2 .e^(ka).e^(kb)
A igualdade f(a+b) = f(a).f(b) se verifica para c^2 = c. Isto é, c=1 pois a solução c=0 é a trivial. O valor k se relaciona com f(1), pois f(1) = e^k. Logo, f(x) = f(1)^x. Como esperávamos.
Logo, como de esperado, verificamos que a função exponencial tem essa propriedade de levar uma soma a um produto.
Mas, se estivéssemos interessados em deduzir a solução exponencial ao invés de sugeri-la, poderíamos tomar a+b = t, onde t é um valor variável. Assim, b = t-a e daí
f(a+b) = f(a).f(b)
f(t) = f(a).f(t-a)
Fazendo a=1, pois conhecemos f(1), podemos escrever, chamando f(1) = f1, ganhando generalidade
f(t) = f1.f(t-1)
ou , ainda,
f(t) - f1 f(t-1) = 0
Note q esta equação é uma equação de recorrência que relaciona as imagens de t com as suas anteriores ( para t inteiro que isso faz sentido).
Sugerindo a solução f(t) = c m^t, onde c em são reais, chegamos em
c.m^t - f1 c m^t/m = 0
donde
c.m^t ( 1 - f1 c/m) =0
e, portanto, já que c é diferente de 0,
1= f1 c/m ==> c=m/f1
Assim, f(t) = m/f1 . m^t ==> f(t) = (1/f1) m ^(t+1)
De fato, a solução que chegamos é uma exponencial. Reaplicando a propriedade inicial
f(a+b) - f(a).f(b)=0
(1/f1) m^(a+b+1) - (1/f1) m ^(a+1).(1/f1) m ^(b+1)=0
(1/f1)m^a . m^b( m - m^2/f1) = 0
donde m = f1 é a solução não trivial. Logo, a função se resume para f(t) = f1^t como obtivemos anteriormente.
"Ad astra per aspera."
-
Russman
- Colaborador Voluntário

-
- Mensagens: 1183
- Registrado em: Sex Abr 20, 2012 22:06
- Formação Escolar: PÓS-GRADUAÇÃO
- Área/Curso: Física
- Andamento: formado
por e8group » Sex Ago 30, 2013 19:46
Boa tarde.Há Outra forma também que pensei
Seja f uma função que satisfaz (1) [; f(a)f(b)= f(a+b) ;] para todo [; a,b;] em seu domínio .Além desta propriedade , suponhamos que f seja uma função diferenciável em todos pontos de seu domínio . Temos então que ,
[; f'(x) = \lim_{h\to 0 } {f(x+h) - f(x)}{h}} [/tex] que devido a (1) e por propriedades operatórias de limites segue-se que [; f'(x) = f(x) \lim_{h\to 0 } {f(h) - 1}{h} ;] . Desde que f é diferenciável, obrigatoriamente o limite acima existe .Definindo o número real [; k = \lim_{h\to 0 } {f(h) - 1}{h} ;] , obtemos
[; f'(x) = k f(x) ;] (2) .
Agora vamos mostrar que a função f satisfaz a propriedade (1) então f(x) > 0 para todo x .Se tivéssemos f(p) = 0 para algum número p de seu domínio isto implicaria f(x) = 0 para todo x ,pois , [;f(x) = f((x-p)+p) f(x-p)f(p) ;] .Assim se f não é uma função identicamente nula ,tem-se sempre [; f(x) \neq 0 ;] para todo x . Assim sendo (1) verdadeiro , [; f(x) = f(x/2 + x/2) = [f(x/2)]^2 > 0 ;].
Utilizando este resultado podemos reescrever f(x) como [; e^{ln(f(x))} ;] .Assim , sendo p(x)= ln(f(x)) ,temos que [; p'(x) = \frac{f'(x)}{f(x)} ;] que devido a (2) [; p'(x) = k = (kx +c )' ;] ,donde segue
[; p(x)= ln(f(x)) =kx +c ;] (3) (onde c é uma constante a ser determinada em breve ) e portanto
[; f(x) = e^{kx} e^{c} ;] (4) (pois , por (3) f(x)= exp(ln(f(x)) = exp(kx+c) = exp(kx) exp(c) ) .
Agora caso conhecemos a imagem do número m por f ,designando q = f(m) , temos :
q = e^{km+c} . Daí , [; \frac{ln(q) - c}{m} = k ;] . Para determinarmos o número c vamos utilizar (1) ,
[; f(a+b) = e^{k(a+b)+c} = e^{ka+kb+c} = e^{ka}e^{kb}e^{c} = e^{ka+c} e^{kb+c}= (e^{ka}e^{kb}e^{c})e^{c}= f(a+b)e^{c} ; ] assim é fácil ver que c = 0 e finalmente obtemos
[; f(x) = e^{ln(q)/m x} = e^{ln(q^x)}^{1/m} = q^{x/m};] .
-
e8group
- Colaborador Voluntário

-
- Mensagens: 1400
- Registrado em: Sex Jun 01, 2012 12:10
- Formação Escolar: GRADUAÇÃO
- Área/Curso: Engenharia Elétrica
- Andamento: cursando
Voltar para Funções
Se chegou até aqui, provavelmente tenha interesse pelos tópicos relacionados abaixo.
Aproveite a leitura. Bons estudos!
-
- Calcular Xv e Yv de uma função
por Marcos Paulo » Dom Nov 07, 2010 12:12
- 5 Respostas
- 10572 Exibições
- Última mensagem por Elcioschin

Dom Nov 07, 2010 22:39
Funções
-
- Função(Calcular o x)
por alineasnovais » Sex Abr 26, 2013 19:04
- 3 Respostas
- 1382 Exibições
- Última mensagem por DanielFerreira

Sex Abr 26, 2013 21:28
Funções
-
- Calcular Função
por xafabi » Sex Mai 17, 2013 08:21
- 0 Respostas
- 732 Exibições
- Última mensagem por xafabi

Sex Mai 17, 2013 08:21
Cálculo: Limites, Derivadas e Integrais
-
- Calcular periodos de uma funcao
por explod1ng » Sáb Mar 27, 2010 21:07
- 0 Respostas
- 984 Exibições
- Última mensagem por explod1ng

Sáb Mar 27, 2010 21:07
Funções
-
- calcular a área da funçao
por edilaine33 » Dom Dez 01, 2013 08:54
- 1 Respostas
- 1598 Exibições
- Última mensagem por Pessoa Estranha

Dom Dez 01, 2013 10:13
Cálculo: Limites, Derivadas e Integrais
Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 0 visitantes
Assunto:
Taxa de variação
Autor:
felipe_ad - Ter Jun 29, 2010 19:44
Como resolvo uma questao desse tipo:
Uma usina de britagem produz pó de pedra, que ao ser depositado no solo, forma uma pilha cônica onde a altura é aproximadamente igual a 4/3 do raio da base.
(a) Determinar a razão de variação do volume em relação ao raio da base.
(b) Se o raio da base varia a uma taxa de 20 cm/s, qual a razão de variação do volume quando o raio mede 2 m?
A letra (a) consegui resolver e cheguei no resultado correto de

Porem, nao consegui chegar a um resultado correto na letra (b). A resposta certa é
Alguem me ajuda? Agradeço desde já.
Assunto:
Taxa de variação
Autor:
Elcioschin - Qua Jun 30, 2010 20:47
V = (1/3)*pi*r²*h ----> h = 4r/3
V = (1/3)*pi*r²*(4r/3) ----> V = (4*pi/9)*r³
Derivando:
dV/dr = (4*pi/9)*(3r²) -----> dV/dr = 4pi*r²/3
Para dr = 20 cm/s = 0,2 m/s e R = 2 m ----> dV/0,2 = (4*pi*2²)/3 ----> dV = (3,2/3)*pi ----> dV ~= 1,066*pi m³/s
Assunto:
Taxa de variação
Autor:
Guill - Ter Fev 21, 2012 21:17
Temos que o volume é dado por:
Temos, portanto, o volume em função do raio. Podemos diferenciar implicitamente ambos os lados da equação em função do tempo, para encontrar as derivadas em função do tempo:
Sabendo que a taxa de variação do raio é 0,2 m/s e que queremos ataxa de variação do volume quando o raio for 2 m:

Powered by phpBB © phpBB Group.
phpBB Mobile / SEO by Artodia.