norberto escreveu:Oi Marcelo !
Talvez estejamos os dois com "conceitos errados".
Pois a resposta para sua pergunta "Você consegue contar todos os números Naturais ?" é :
- sim, claro que eu posso.
Não foi justamente isso que Cantor fez ?
Minha dúvida permanece.
Se os números Naturais são todos finitos, como podemos dizer que eles formam um
conjunto infinito ?
Eu nunca havia me perguntado isso antes, até ler um artigo em http://naturaisetransfinitos.blogspot.com
mais especificamente : http://naturaisetransfinitos.blogspot.c ... de-ou.html
Não concordo com tudo que o cara fala, mas sobre essa questão específica, o artigo fundiu minha cuca.
norberto escreveu:Oi (de novo) Jorge :
Pelo que pude perceber, você ainda deve estar no início do curso de Bacharelado
e ainda não tocaram nestas questões específicas. Você já ouviu falar num cara
chamado Georg Cantor ? Ele considerou que o conjunto dos Naturais era contável e
também o eram os Inteiros e os Racionais. Até aí tudo bem.
Meu problema não passa pela enuberabilidade dos Naturais.
Quando você estudar o Peano, vai ver que os Naturais são "endereçados" por uma
função chamada "sucessor". O sucessor de um número Natural n é n+1.
Por exemplo, o sucessor(0) é 0+1, ou seja 1. Já o sucessor(1) é 1+1, ou seja, 2.
Podemos pensar que, começando de 0, achar sucessores sucessivos é o mesmo
que "contar" quantas vezes fizemos "n+1".
Eu vivia bastante feliz com essa explicação. Mas aí, o artigo do cara me fez um alerta.
Todo Natural possui "necessariamente" um número finito de dígitos. Suponha também
que tenhamos 10 símbolos à disposição (de 0 a 9). Não consigo entender como um número
com estas características :
(a) Possua um número finito de dígitos ;
(b) Cada dígito seja representado por um símbolo ;
(c) Os símbolos são tirados de um conjunto finito (de 0 a 9).
Possa ser infinito.
Por exemplo, se eu te perguntasse quantos números você pode formar
com estes 10 símbolos "contanto que os números que você formar possuam
uma quantidade finita de dígitos", você certamente não poderia me responder.
Mas certamente você só poderia formar um número finito de "números". visto que :![]()
Eu não concordo totalmente com o cara lá do artigo. Ele chega a afirmar que
os Reais são contáveis também. Estou estudando sua "prova".
Quanto ao fato de isso ser filosofia, e não matemática, concordo em certos aspectos.
O que o Georg Cantor fez, por exemplo, foi matemática e não filosofia. Acho que isso
é matemática, mas é "fundamento da matemática", e não "aplicação prática" da matemática.
Alguém aí poderia esclarecer esta dúvida ?
Abraços
Dado um subconjunto de
Dado o conjunto finito com n elementos
Se houver uma bijeção
Então é finito.
Mas o contrário não é verdadeiro
Dado um subconjunto de
Dado o conjunto finito com n elementos
Se é finito
Não implica que haja uma bijeção
Mas implica que deva existir um outro conjunto finito , com o número finito m de elementos,
tal que a bijeção exista.
(B2) Sim. Ela é de "INDETERMINADO" bolinhas
Dizem que os Naturais possuem um número finito de dígitos, mas não dizem que número finito é esse.
Isso nos impede de fazer a bijeção, mas não significa que sua cardinalidade é infinita.
Agora me diga, se com um número finito1 de dígitos, podemos formar uma quantidade infinita de números.
Tava pesquisando sobre o cara que escreveu o artigo. Ele diz que é um matemático amador
mas não diz se é formado em alguma coisa. Queira ou não queira, ele faz afirmações muito
intrigantes.
Mas o contrário não é verdadeiro
Dado um subconjunto de
Dado o conjunto finito com n elementos
Se é finito
Não implica que haja uma bijeção
Sim, no entanto isso não serve de nada na discussão.
(B2) Sim. Ela é de "INDETERMINADO" bolinhas
Indeterminado para você é finito?
Por favor, suponha agora num assunto não relacionado um sistema possível e indeterminado. Explicite todas as soluções já que são finitas pois é indeterminado.
Dizem que os Naturais possuem um número finito de dígitos...
Os naturais não possuem um número finito de dígitos. ... Os naturais são um CONJUNTO.
Bom, já não confio na lógica do cara, sabendo que ele é um "matemático" amador pior ainda.
Ele não pode provar as afirmações dele,
norberto escreveu:(...)
(1) Pense no maior número que você puder :
Pensei.
Ops! quer dizer, sei que ele não é o maior.
Desisto. Não consigo pensar em um que seja o maior.
Mas não se preocupe. Entendi o "espírito".
(...)
norberto escreveu:(...)
A medida que eu "aumento" a quantidade de colunas do primeiro exemplo, eu aumento a ordem de grandeza dos números que podem ser representados por esta matriz.
[ 1 2 3 ], por exemplo temcomo ordem de grandeza.
[1 2 3 9] tem
Pela própria definição da matriz, só posso pensar em números de grandeza.
(...)
Pela própria definição da matriz, só posso pensar em números de grandeza.
Por que? Note que você pode adicionar quantas casas precisar para representar o número.
... não há um número máximo fixo k de casas.
Vamos imaginar por um momento que haja esse número máximo k de casas.
Deste modo, o número [9 9 9 9 ... 9 9 9 9 ] (com k casas) seria o maior natural possível.
Ops! Isso é uma contradição! Como você mesmo havia percebido antes, não pode haver o maior natural!
Além disso, note que podemos obter outra contradição quando partimos dessa suposição de termos no máximo k casas. O número natural acima tem o sucessor com k+1 casas: [1 0 0 0 ... 0].
Vamos imaginar por um momento que haja esse número máximo k de casas.
noberto escreveu:Eu concordo. Nunca duvidei disso e talvez, essa certeza é que esteja me fazendo ver essa questão como um grande paradoxo.
Eu penso que :
Não há um número máximo fixo k de casas. Por outro lado, existe uma limitação. A de que o número de casas é finito.
noberto escreveu:(q) Considere o número natural finito n. O que podemos afirmar de? E de
?
Algumas respostas válidas seriam.
r1. O primeiro é par e o segundo é ímpar.
r2. O segundo é um número finito maior que o primeiro.
noberto escreveu:Além disso, note que podemos obter outra contradição quando partimos dessa suposição de termos no máximo k casas. O número natural acima tem o sucessor com k+1 casas: [1 0 0 0 ... 0].
Ops ! Você se esqueceu de como você definiu k.Vamos imaginar por um momento que haja esse número máximo k de casas.
Na minha opinião, você está andando em círculos!
Eu concordo. Nunca duvidei disso e talvez, essa certeza é que esteja me fazendo ver essa questão como um grande paradoxo.
Não há um número máximo fixo k de casas. Por outro lado, existe uma limitação. A de que o número de casas é finito.
Não há paradoxo nessa afirmação. Isso porque, apesar de cada número ter uma quantidade de casas finita, essa quantidade pode variar (ilimitadamente) de um número para o outro (isto é, não há uma quantidade máxima de casas).
Apenas quando você convencer-se disso é que irá parar de correr em círculos. Infelizmente, por mais que eu queira ajudar, isso é algo que só você pode fazer.
(q) Considere o número natural finito n. O que podemos afirmar de? E de
?
Algumas respostas válidas seriam.
r1. O primeiro é par e o segundo é ímpar.
r2. O segundo é um número finito maior que o primeiro.
Considerando que "natural finito" ou "número finito" quer dizer que o número tem finitas casas, ambas as respostas estão corretas.
Sob sua opinião que :Apenas quando você convencer-se disso é que irá parar de correr em círculos. Infelizmente, por mais que eu queira ajudar, isso é algo que só você pode fazer.
Isto tornaria a matemática uma questão de fé. Deus existe ? E matinta-pereira ?
Não. Isso não é algo que dependa exatamente de mim.
Sempre achei teus argumentos uma excelência. Mas realmente, peço desculpas por não ter entendido o exemplo do "k+1". Sinceramente, achei que a afirmação não cabia, pois partimos já da presunção que k era máximo. Se quiséssemos provar que k não poderia ser máximo, baseado na afirmativa de que "todo número natural tem um sucessor", não precisaríamos da matriz. O argumento seria simples :
. Suponha que K seja um número máximo ;
. Considere que K+1 é o sucessor de K.
Como as duas afirmações levam a uma contradição, qualquer uma delas poderia ser falsa se considerássemos a outra verdadeira.
Mas como eu disse, isso pode ser um erro de interpretação MEU.
I. Não podemos dizer que exista um número k máximo de "casas", na formação de um número natural.
II. O número de "casas", porém é finito.
III. Isto não é um paradoxo.
Logo, o que considero como PARADOXO é a conclusão disto tudo.
O conjunto dos naturais possui infinitos elementos, todos finitos.
Ora como "TODOS" os naturais possui finitas casas, não posso imaginar como isso seria possível.
LuizAquino escreveu:As três afirmações são verdadeiras.
LuizAquino escreveu:... apesar de todo número natural ter uma quantidade de casas limitada, essa quantidade pode variar ilimitadamente...
... apesar de todo número natural ter uma quantidade de casas limitada, essa quantidade pode variar ilimitadamente...
Pode ser que quem esteja "variando" seja eu (afinal estou andando em círculos), mas "limitado" que varia "ilimitadamente" é bem paradoxal, não é ?
S = {1, 10, 100, 1000, 10000, ...}
A quantidade de elementos deste conjunto é justamente q, se considerarmos q uma abreviação da frase "número finito de casas".
E o "número finito de casas", por ser "finito", é finito.
Logo o número de elementos de S, por ter o mesmo valor de q, também o é.
E "número finito de casas" não é a grandeza que estaria "variando".
Mas concordo que o "número específico de casas de cada elemento", seja uma grandeza "limitada" por q e que está variando.
Mas não "ilimitadamente", pois, como disse, ela é limitada por "número finito de casas".
LuizAquino escreveu:Você está equivocado.
LuizAquino escreveu:A progressão geométrica S = {1, 10, 100, 1000, ...} possui infinitos termos e não é pelo fato que você mencionou no final de sua mensagem!
LuizAquino escreveu:Não existe um número q que limite a quantidade de casas! Você precisa definitivamente entender isso!
LuizAquino escreveu:A afirmação de que cada termo dessa sequência tem um "número finito de casas", apenas significa que não há um termo com infinitas casas. Mas, essa restrição não impede que esse número de casas possa variar sem limites de termo para termo!
norberto escreveu:Me desculpe, mas acho que desta vez é você que está andando em círculos com o conceito de algo "limitado" que varia "ilimitadamente".
LuizAquino escreveu:Note que não há um número r que faça ser válida a desigualdadepara todos os termos i e j distintos da sequência. Isso significa que a variação entre a quantidade de casas não é limitada. O que é limitada, sim, é a quantidade de casas que cada termo individualmente pode ter.
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zig escreveu: