por maykonnunes » Qua Abr 27, 2011 09:54
Seja

uma sequencia de números reais.
a) Desmontre que

se e somente se

b) Vale um resultado geral da forma "

se e somente se

c) Seja
![a\in(-1,0] a\in(-1,0]](/latexrender/pictures/1a7c573ab1fc4b974fc3211c9c28405a.png)
. Mostre que

Preciso muito desta ajuda
Obrigado
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por LuizAquino » Qui Abr 28, 2011 23:07
Seja

uma sequencia de números reais.
a) Desmontre que

se e somente se

Note que

e lembre-se do
Teorema do Confronto.
Além disso, lembre-se que

.
b) Vale um resultado geral da forma:

se e somente se

Considere o lembrete dado em a)
c) Seja
![a\in(-1,0] a\in(-1,0]](/latexrender/pictures/1a7c573ab1fc4b974fc3211c9c28405a.png)
. Mostre que

.
Lembre-se que a função

com

é decrescente. Além disso, temos que

.
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por MarceloFantini » Sex Abr 29, 2011 00:05
Será que talvez ele não tenha que demonstrar pela definição?

?
No caso do item c, será que já é dado que a função

com

é decrescente? Ele não pode usar o limite que você mencionou pois justamente o que ele quer é mostrar que o limite da sequência é zero. Como não sabemos, eu diria que talvez ele tenha que provar que

é decrescente e depois mostrar que o limite é zero.
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por LuizAquino » Sex Abr 29, 2011 00:19
Isso tudo depende da ordem adotada no curso.
De modo geral, primeiro estudamos as funções exponenciais e seus limites antes de falar de sequências.
É óbvio que se esse estudo não foi feito antes, então não podemos utilizá-lo na demonstração em questão.
De qualquer maneira, as demonstrações são análogas, portanto uma pode inspirar a outra. Eis o motivo da dica que dei.
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por MarceloFantini » Sex Abr 29, 2011 00:25
No livro do Elon, Análise Real Vol. 1, não é feito assim. Não faz sentido falar em limite de função quando não se definiu ainda limite de sequência, pois se define limites de funções como limites de sequências de números num intervalo tal que a função aplicada na sequência convirja para o número desejado.
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por maykonnunes » Sex Abr 29, 2011 00:40
so que tem algo ela vai ser crescente de -1 para 0 não é??
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por MarceloFantini » Sex Abr 29, 2011 00:42
O que será crescente?

com

?
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por LuizAquino » Sex Abr 29, 2011 01:01
Prezado Fantini,
Até certo ponto, a ordem dos assuntos é uma questão de estilo de cada autor. Obviamente, o Elon Lages não é o único autor existente.
Há livros que começam com limites de funções para em seguida enxergar o limite de sequências como um caso discreto do limite de funções. Ou seja, toma-se uma função f(x) e enxerga-se a sequência como an = f(n), com n natural. Essa ordem dos conteúdos, por exemplo, é muito comum em livros de Cálculo.
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por MarceloFantini » Sex Abr 29, 2011 13:14
Com todo respeito Luiz, uma sequência é enxergada como uma função sim, mas o objetivo de um curso de Análise é construir os conhecimentos de Cálculo rigorosamente, e portanto construir o conceito de limite de uma função contínua partindo de casos discretos como sequência. Logo, reitero que não se pode usar que

, pois é o que queremos provar.
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por maykonnunes » Sex Abr 29, 2011 15:11
acho que a ideia é a seguinte como intervalo (-1,0] que se divide em duas
>

será crescente e converge para zero
>

será decrescence e converge para zero
Ainda não poço falar em função apenas en sequência
Abraços
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por LuizAquino » Sex Abr 29, 2011 17:45
Tudo bem, já que a ideia é não usar funções, então vejamos uma solução.
Para
a=0, a prova é trivial.
Suponha que
a esteja no intervalo (-1, 0).
Queremos que para todo

exista

natural tal que

sempre que

.
Desenvolvendo a primeira inequação, obtemos que:



Como |
a| está no intervalo (0, 1), temos que ln|
a| < 0. Portanto, multiplicando toda a inequação por 1/ln|
a| devemos trocar o seu sentido.

Logo, dado

basta tomar qualquer

maior ou igual a

.
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por MarceloFantini » Sáb Abr 30, 2011 02:35
Luiz, perceba que você é contraditório em sua mensagem. Primeiro, diz não usar funções, e depois usa logaritmo natural.
Acredito que um jeito de resolver essa questão seja dizer que existe

natural tal que

para

. Aplicando teorema do confronto,

e

, logo

.
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por LuizAquino » Sáb Abr 30, 2011 08:36
Não há problema algum em aplicar ln em ambos os lados da inequação. Note que temos a inequação

e queremos isolar a variável
n. Para fazer isso vamos precisar usar o conceito de logaritmos.
Quando disse "não usar funções" quis dizer que não usaria o conhecimento sobre as funções exponenciais como eu havia sugerido antes. Eu imaginei que isso ficaria claro considerando as mensagens anteriores, mas vejo que eu deveria ter sido mais específico. Desculpe-me por isso.
Além disso, note que
a está no intervalo (-1, 0]. Desse modo, nem sempre é válido que

como você escreveu. Por mais que você tome
n maior do que um certo

, haverá valores para os quais

. Portanto, não se pode aplicar o Teorema do Confronto da maneira como você sugeriu.
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por MarceloFantini » Sáb Abr 30, 2011 16:25
Aquino, acredito que ambos não fomos claros. Concordo que minha demonstração fora incompleta e arrumarei a seguir. Entretanto, preciso reforçar que o seu uso de logaritmo
não é correto. Quando eu disse não usar funções, eu digo não usar funções elementares tradicionais, como seno, cosseno, logaritmo, exponencial, etc.
Consertando, basta afirmar que existe

natural tal que

para

. Assim, aplicando confronto, temos que

, logo

. Falta provar que

. Note que

. Assim, pela definição de limite temos que

.
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por LuizAquino » Sáb Abr 30, 2011 16:51
Eu volto a afirmar que se temos a inequação

e queremos isolar a variável
n não há problema em usar os conceitos de logaritmos nesse exercício. Pelo que percebo, não vamos chegar a um consenso quanto a isso, portanto acho o mais prudente cada um respeitar a opinião do outro.
Quanto a sua solução, falta ter o cuidado de tomar
a não nulo, haja vista que como
a está no intervalo (-1, 0], se tomarmos
a=0 não ocorrerá que

. De qualquer modo, isso não chega a ser tão problemático, pois tomando
a=0 a prova é trivial. Em seguida, bastava tomar
a no intervalo (-1, 0) e continuar a solução como descrito.
Além disso, falta justificar por que é possível afirmar que existe

que atenda

, com

. Isso não segue assim tão direto.
Uma alternativa seria perceber que como 0 < |
a| < 1, então

é o mesmo que

, para algum
p > 1. Como para números
n muito grandes,

será maior do que
n, então teremos que

será menor do que

.
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Voltar para Cálculo: Limites, Derivadas e Integrais
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Assunto:
método de contagem
Autor:
sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 09:10
Veja este exercício:
Se A = {

} e B = {

}, então o número de elementos A

B é:
Eu tentei resolver este exercício e achei a resposta "três", mas surgiram muitas dúvidas aqui durante a resolução.
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?
No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:
existe oposto de zero?
existe inverso de zero?
zero é par, certo?
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x?
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z?
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z?
A resposta é 3?
Obrigado.
Assunto:
método de contagem
Autor:
Molina - Seg Mai 25, 2009 20:42
Boa noite, sinuca.
Se A = {

} você concorda que n só pode ser de 1 a 20? Já que pertence aos naturais?
Ou seja, quais são os divisores de 20? Eles são seis: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, o conjunto A é
A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Se B = {

} você concorda que x será os múltiplos de 5 (positivos e negativos)? Já que m pertence ao conjunto Z?
Logo, o conjunto B é
B = {... , -25, -20, -15, -10, -5, 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...
Feito isso precisamos ver os números que está em ambos os conjuntos, que são:
5, 10 e 20 (3 valores, como você achou).
Vou responder rapidamente suas dúvidas porque meu tempo está estourando. Qualquer dúvida, coloque aqui, ok?
sinuca147 escreveu:No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:
existe oposto de zero? sim, é o próprio zero
existe inverso de zero? não, pois não há nenhum número que multiplicado por zero resulte em 1
zero é par, certo? sim, pois pode ser escrito da forma de 2n, onde n pertence aos inteiros
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x? Sim, pois basta pegar x e multiplicar por -1 que encontramos -x
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z? Sim, tais perguntando se todo número é multiplo de si mesmo
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z? Sim, pois basta pegar -z e multiplicar por -1 que encontramos x
A resposta é 3? Sim, pelo menos foi o que vimos a cima
Bom estudo,

Assunto:
método de contagem
Autor:
sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 23:35
Obrigado, mas olha só este link
http://www.colegioweb.com.br/matematica ... ro-natural
neste link encontra-se a a frase:
Múltiplo de um número natural é qualquer número que possa ser obtido multiplicando o número natural por 0, 1, 2, 3, 4, 5, etc.
Para determinarmos os múltiplos de 15, por exemplo, devemos multiplicá-lo pela sucessão dos números naturais:
Ou seja, de acordo com este link -5 não poderia ser múltiplo de 5, assim como 5 não poderia ser múltiplo de -5, eu sempre achei que não interessava o sinal na questão dos múltiplos, assim como você me confirmou, mas e essa informação contrária deste site, tem alguma credibilidade?
Há e claro, a coisa mais bacana você esqueceu, quero saber se existe algum método de contagem diferente do manual neste caso:
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?
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