Santa Lucci escreveu:Por exemplo, a função

. Ao fazer as curvas de nível (o método que o Guidorizzi apresenta), teremos várias circunferências; a função, porém, assemelha-se mais a um plano com um bico do que a um paraboloide. Esse é um exemplo simplório, claro, mas me pergunto sobre como irei detectar esse tipo de comportamento?
Não há nada de "plano com um bico" no gráfico dessa função. Vejamos o seu gráfico para
x e
y no intervalo [-4, 4]:

- grafico-funcao.png (13.72 KiB) Exibido 2190 vezes
Como você disse, fazendo cortes paralelos ao eixo
xOy (isto é, fixando
z=r, com
r não nulo e positivo nesse caso) teremos circunferências, já que de
f(x, y) = r obtemos a equação

.
Se
x=0 (isso significa a interseção do gráfico com o plano
yOz), então temos o gráfico da função modular
z=|y|. O mesmo acontece para
y=0 (interseção do gráfico com o plano
xOz), quando teremos
z=|x| . Ambos os gráficos tem o formato da letra "V", com o vértice fixado na origem.
Por outro lado, fazendo cortes paralelos ao plano
yOz (o que significa fixarmos
x=r, com
r não nulo) temos
f(r, y) = z, de onde obtemos hipérboles

(apenas a parte positiva da mesma).
De modo semelhante, fazendo cortes paralelos ao plano
xOz (o que significa fixarmos
y=r, com
r não nulo) temos
f(x, r) = z, de onde obtemos hipérboles

(apenas a parte positiva da mesma).
Veja que não tem jeito: você vai precisar dos conteúdos de Geometria Analítica. Por isso, recomendo que faça uma revisão sobre o assunto.