por LuisLemos » Qua Jul 27, 2016 21:27
Boa noite, não estou conseguindo entender como encontrar o máximo e o minimo global de uma função, após ter encontrado o máximo e o minimo local. Como exemplo, estou colocando uma questão que tentei resolver:
Determine os pontos de máximo e mínimo locais da função
, dizendo quais destes pontos são máximos ou mínimos globais.O que eu fiz para encontrar os pontos de mínimo locais:
1º - Derivei a função:

2º - Igualei a função a zero para encontrar os pontos críticos:
Como

é sempre positivo, a função só poderá ser zero quando

. Portanto as raízes dessa expressão (-2 e 0) serão os pontos críticos.
3º - Calculei a f'(x) para -3 , -1 e 1 para saber se a função é crescente ou decrescente antes e depois dos pontos críticos.
(positivo)

(negativo)

(positivo)
4º - Determinei os pontos de mínimo e máximo locais:Como a função é crescente antes de -2 e decrescente após o -2, logo ele é um ponto de máximo local.
E como a função é decrescente antes do 0 e crescente após 0 , ele é um ponto de mínimo local.
A partir de agora eu não sei o que devo fazer para encontrar os pontos de máximo e mínimo globais, caso existam.
Obs: O gabarito da questão informa que a função não possui máximo global e que o ponto 0 é mínimo global.
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LuisLemos
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por Daniel Bosi » Qua Jul 27, 2016 23:21
Olá LuisLemos.
Primeiramente, muito obrigado por ter postado a sua resolução de forma completa.
Você cometeu um erro de sinal no momento de derivar. Perceba que quando derivamos

pela regra

obtemos

.
Assim, derivando

pela regra do produto:

Assim, as raízes de

são 0 e 2.
Substituindo -1, 1 e 3 na derivada:

(negativo, portanto decrescente)

(positivo, portanto crescente)

(negativo, portanto decrescente)
OBS.: Essa parte

da derivada da função original que usamos para encontrar os pontos críticos é uma parábola. Nos intervalos onde esta parábola tem imagem negativa, a função original é decrescente. No intervalo onde esta parábola tem imagem positiva, a função original é crescente. O

que multiplica

na derivada não muda os pontos críticos nem o sinal da imagem, embora mude a função. Mas uma vez que o que nos interessa é analisar os pontos críticos e o sinal da imagem, convém considerar apenas a parte

por ser mais simples.
A partir dessa análise você já pode ter uma ideia de que 0 é um mínimo e 2 é um máximo. Como saber se eles são locais ou globais?
Para responder a essa questão eu aconselho fazer uma avaliação da função original

.
Essa função claramente não pode assumir valores negativos (pois nem

nem

podem ser negativos, independe do x; você consegue ver isso intuitivamente?), então é razoável dizer que a função

não pode ter imagem negativa. Se ela não pode ter imagem negativa, claramente 0 é um mínimo global.
Em relação ao ponto máximo 2, basta substituir um dos pontos usados para teste, -1 por exemplo, na função original

e perceber que o ponto -1 na função original dá a constante neperiana

, que é maior que 2. Portanto, 2 é máximo local.
Plotei a função original

(em verde) e a função

(em azul) no GeoGebra para você visualizar como todos esses pontos das funções se relacionam. Perceba como o gráfico verde muda a tendência de crescimento e decrescimento nas raízes da parábola azul (isto é, quando a imagem y da parábola muda de negativo para positivo e vice e versa).

Qualquer dúvida volte a questionar.
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por LuisLemos » Qui Jul 28, 2016 00:20
Nossa, obrigado pela resposta.
De fato eu errei o sinal na hora de derivar.
Pelo gráfico que você colocou eu consegui visualisar a relação entre a função não possuir imagem negativa com o zero ser mínimo global. Pois se a função não atinge valores menores que zero, ele será o menor valor da função. Sendo assim o mínimo global.
Em relação ao 2 ser somente máximo local. Você pegou um dos pontos utilizados para determinar os máximos e mínimos locais e substituiu na função original. Como o valor obtido foi maior que 2, então o 2 não poderia ser máximo global.
Em relação a isso eu fiquei com uma dúvida. Digamos que eu tenha uma outra função e que essa função possua vários pontos críticos. Eu teria que substituir vários pontos na função original para ter certeza que nenhum deles é superior ao ponto que eu encontrei como máximo local? ou teria uma forma mais prática de resolver?
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por Daniel Bosi » Qui Jul 28, 2016 00:43
Vou pegar o caso desse exercício como base para responder a sua questão, e a partir disso podemos generalizar a ideia.
A partir da derivada e da análise dos pontos críticos, percebemos que a função decresce antes do zero, cresce no intervalo aberto de 0 a 2, e volta a decrescer após o 2.
Percebemos também que esta função não pode ter imagem negativa.
Se ela não pode ter imagem negativa e descobrimos que o 0 é mínimo global, sabemos que essa função tem 0 como elemento mínimo.
Sabemos que ela tem um mínimo. Mas será que ela tem um máximo?
Recapitulando, tudo que sabemos a partir dos pontos críticos e do sinal da derivada é que: ela decresce até o zero, cresce de 0 a 2, decresce a partir do 2.
O pulo do gato consiste em perceber que: se ela decresce até o 0 sem um ponto crítico nos números negativos, existe uma chance grande de haver valores maiores que o 2 antes do 0.
Se não há ponto crítico antes desse decrescimento, isso dá uma boa intuição que a função cresce sem limite quando x vai a

.
A estratégia é sempre testar valores que estão além dos pontos críticos "de fora", além de pensar sobre o comportamento geral da função.
Em caso de dúvidas estamos aí.

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por LuisLemos » Qui Jul 28, 2016 00:49
Nossa, depois de várias video aulas você me fez entender isso finalmente.
Muito obrigado

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Assunto:
método de contagem
Autor:
sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 09:10
Veja este exercício:
Se A = {

} e B = {

}, então o número de elementos A

B é:
Eu tentei resolver este exercício e achei a resposta "três", mas surgiram muitas dúvidas aqui durante a resolução.
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?
No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:
existe oposto de zero?
existe inverso de zero?
zero é par, certo?
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x?
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z?
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z?
A resposta é 3?
Obrigado.
Assunto:
método de contagem
Autor:
Molina - Seg Mai 25, 2009 20:42
Boa noite, sinuca.
Se A = {

} você concorda que n só pode ser de 1 a 20? Já que pertence aos naturais?
Ou seja, quais são os divisores de 20? Eles são seis: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, o conjunto A é
A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Se B = {

} você concorda que x será os múltiplos de 5 (positivos e negativos)? Já que m pertence ao conjunto Z?
Logo, o conjunto B é
B = {... , -25, -20, -15, -10, -5, 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...
Feito isso precisamos ver os números que está em ambos os conjuntos, que são:
5, 10 e 20 (3 valores, como você achou).
Vou responder rapidamente suas dúvidas porque meu tempo está estourando. Qualquer dúvida, coloque aqui, ok?
sinuca147 escreveu:No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:
existe oposto de zero? sim, é o próprio zero
existe inverso de zero? não, pois não há nenhum número que multiplicado por zero resulte em 1
zero é par, certo? sim, pois pode ser escrito da forma de 2n, onde n pertence aos inteiros
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x? Sim, pois basta pegar x e multiplicar por -1 que encontramos -x
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z? Sim, tais perguntando se todo número é multiplo de si mesmo
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z? Sim, pois basta pegar -z e multiplicar por -1 que encontramos x
A resposta é 3? Sim, pelo menos foi o que vimos a cima
Bom estudo,

Assunto:
método de contagem
Autor:
sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 23:35
Obrigado, mas olha só este link
http://www.colegioweb.com.br/matematica ... ro-natural
neste link encontra-se a a frase:
Múltiplo de um número natural é qualquer número que possa ser obtido multiplicando o número natural por 0, 1, 2, 3, 4, 5, etc.
Para determinarmos os múltiplos de 15, por exemplo, devemos multiplicá-lo pela sucessão dos números naturais:
Ou seja, de acordo com este link -5 não poderia ser múltiplo de 5, assim como 5 não poderia ser múltiplo de -5, eu sempre achei que não interessava o sinal na questão dos múltiplos, assim como você me confirmou, mas e essa informação contrária deste site, tem alguma credibilidade?
Há e claro, a coisa mais bacana você esqueceu, quero saber se existe algum método de contagem diferente do manual neste caso:
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?
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