por m0x0 » Qui Jul 21, 2011 16:02
Boa tarde,
Tenho uma dúvida num exercício que não consigo resolver, se alguém me puder ajudar agradecia.
O exercício é o seguinte:
Provar que 6 divide n*(2n-1)*(n-1)
Penso que se pode resolver por indução mas não consigo resolver uma vez que não consigo encontrar o final da sucessão para 0+1+5+14+30+55+...+ ?????? = [n*(2n-1)*(n-1)]/6
O único exercício parecido que encontrei foi que 6 divide n*(2n+1)*(n+1) onde:
1^2+2^2+...+n^2=[n*(2n+1)*(n+1)]/6
Obrigado.
Artur Benitez
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m0x0
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por LuizAquino » Qui Jul 21, 2011 17:12
m0x0 escreveu:O único exercício parecido que encontrei foi que 6 divide n*(2n+1)*(n+1) onde:
1^2+2^2+...+n^2=[n*(2n+1)*(n+1)]/6
Note que nesse exercício trocando n por n - 1 obtemos:
![1^2 + 2^2 + \cdots + (n-1)^2 = \frac{(n-1)[2(n-1)+1][(n-1)+1]}{6} = \frac{(n-1)(2n-1)n}{6} 1^2 + 2^2 + \cdots + (n-1)^2 = \frac{(n-1)[2(n-1)+1][(n-1)+1]}{6} = \frac{(n-1)(2n-1)n}{6}](/latexrender/pictures/d4a0036f9ba98035430590210935b7d0.png)
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LuizAquino
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por m0x0 » Qui Jul 21, 2011 20:19
Mas os valores que dão para [n(2n-1)(n-1)]/6 são: P(0)=0/6=0, P(1)=6/6=1, P(3)=30/6=5, P(4)=84/6, P(5)=180/6=30, P(6)=330/6=55, ... , P(n)= ???
0 + 1 + 5 + 14 + 30 + 55 + ... + P(n) = [n(2n-1)(n-1)]/6
Ok, vi mal, os valores para [n(2n+1)(n+1)]/6 são também: P(0)=0/6=0, P(1)=6/6=1, P(3)=30/6=5, P(4)=84/6, P(5)=180/6=30, P(6)=330/6=55, ... , P(n)= ???
0 + 1 + 5 + 14 + 30 + 55 + ... + P(n) = [n(2n+1)(n+1)]/6
Trata-se então da mesma sucessão. Mas não consigo entender qual é o P(n)
A não ser que não se consiga provar por indução matemática?
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por Guill » Qui Jul 21, 2011 22:44
Farei de uma forma diferente:
n.(n - 1).(2n - 1)
Existem dois tipos de números:
Pares = 2x
Ímpares = 2x + 1
Considere primeiro que n é par que não pode ser dividido por três(se pudesse já estaria provado):
2x.(2x - 1).(2.2x - 1)
2x.(2x - 1).(4x - 1)
2x.(2x - 1).(2x + 2x - 1)
Se 2x não é divisível por três, obviamente seu antescessor ou seu suscessor será. Se for o seu antescessor, já está provado para os pares. Se for o seu suscessor:
(2x + 2x - 1) ---> vamos pensar nesse número.
2x ---> Não é múltiplo de 3
2x - 1---> não é múltiplo de três
2x + 1 ---> é multiplo de 3
Portanto:
2x - 2 é múltiplo de 3 (pois 2x - 2 + 3 = 2x + 1)
2x + 1 = 3a
2x - 2 = 3b
[2x + 2x - 1]
[(2x - 2 + 2) + 2x - 1]
[2x - 2 + 2x + 1]
3a + 3b = 3(a + b)
Sendo assim, quando n for par, n.(n - 1).(2n - 1) será divisível por 6.
Considere n um número ímpar:
n.(n - 1).(2n - 1)
(2x + 1).((2x + 1 - 1).(2(2x + 1) - 1)
(2x + 1)(2x)(4x + 1)
Se 2x + 1 for devisível por 3, a prova é obvia. Se não, seu antecessor ou sucessor será um múltiplo de 3. Se considerar seu antecessor, já está provado. Para o sucessor:
(2x + 1) ---> não é múltiplo de 3
2x ---> não é múltiplo de 3
(2x + 2) ---> é múltiplo de 3
Portanto 2x - 1 é multiplo de 3:
(2x + 2) = 3a
2x - 1 = 3b
(4x + 1)
(2x + 2x + 1)
[(2x - 2 + 2) + 2x + 1]
[2x + 2 + 2x - 1] = 3a + 3b = 3(a + b)
Provamos para os ímpares.
Editado pela última vez por
Guill em Qui Jul 21, 2011 23:06, em um total de 1 vez.
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por LuizAquino » Qui Jul 21, 2011 22:55
É possível fazer por indução.
Temos que provar que 6 divide n(2n-1)(n-1), com n um natural.
Aqui eu vou considerar que os naturais começam com o 1. Se você está considerando que começa com o 0, então você deve adaptar a primeira parte da prova.
Primeiro passoÉ válido para n = 1 que 6 divide

.
Segundo passoSuponha que é válido para n que 6 divide n(2n-1)(n-1).
Terceiro passoVamos provar que é válido para n+1 que 6 divide (n+1)[2(n+1)-1][(n+1)-1].
Note que (n+1)[2(n+1)-1][(n+1)-1] = n(2n-1)(n-1) + 6n². (Desenvolvendo cada membro dessa equação é fácil verificar que isso é verdadeiro.)
Ora, como por hipótese 6 divide n(2n-1)(n-1) e sabemos que 6 divide 6n², temos que 6 divide a soma n(2n-1)(n-1) + 6n².
Portanto, 6 divide (n+1)[2(n+1)-1][(n+1)-1]
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por LuizAquino » Sex Jul 22, 2011 00:48
Guill escreveu:(...)
Se 2x não é divisível por três, obviamente seu antescessor ou seu suscessor será.
(...)
Se 2x + 1 for devisível por 3, a prova é obvia. Se não, seu antecessor ou sucessor será um múltiplo de 3.
A sua resolução foi interessante. Porém, note que você usou um resultado sem prová-lo. Para completar o seu raciocínio seria necessário provar:
Se 3 não divide o número par p, então 3 divide p - 1 ou p + 1.
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por Guill » Sex Jul 22, 2011 08:41
LuizAquino escreveu:Guill escreveu:(...)
Se 2x não é divisível por três, obviamente seu antescessor ou seu suscessor será.
(...)
Se 2x + 1 for devisível por 3, a prova é obvia. Se não, seu antecessor ou sucessor será um múltiplo de 3.
A sua resolução foi interessante. Porém, note que você usou um resultado sem prová-lo. Para completar o seu raciocínio seria necessário provar:
Se 3 não divide o número par p, então 3 divide p - 1 ou p + 1.
Isso é obvio:
Se eu tenho 3 números em sequência, um deles deve ser divisível por 3. Vou provar isso:
Seja x um número:
A sua sequencia é = {...; x - 2 ; x - 1 ; x ; x + 1 ; x + 2 ...}
Coloquei 5 números à vista. Sabemos que os múltiplos de três aparecem de 3 em 3. Portanto, é impossivel 'não' existir um número múltiplo de 3 dentro desses 5 apresentados.
S = {x - 2 ; x - 1 ; x ; x + 1 ; x + 2} (pelo menos um deles é divisível por 3)
Vamos considerar que x não é múltiplo de 3. Isso implica dizer que {x - 2 ; x - 1 ; x + 1 ; x + 2} são múltiplos de 3 (não todos).
1º - Se x - 2 é múltiplo de 3 o próximo múltiplo é:
(x - 2) + 3 = (x + 1)
2º - Se x + 2 é múltiplo de 3, o anterior a esse foi:
(x + 2) - 3 = (x - 1)
Dessa forma, mostramos que seu antecessor ou seu sucessor são múltiplos de 3 desde que x não seja.
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por LuizAquino » Sex Jul 22, 2011 10:05
Olá Guill,
Agora você completou o exercício.

Precisamos apenas reescrever a sua primeira afirmação.
Note que {1, 4, 7} são "3 números em sequência" (no caso, uma p. a. de razão 3), mas nenhum deles é divisível por 3.
Vamos então reescrever a sua afirmação para algo como:
"Se eu tenho 3 números naturais consecutivos, um deles deve ser divisível por 3."
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por m0x0 » Sáb Jul 23, 2011 14:23
Boas,
Obrigado a todos pela ajuda!

Já agora, alguém sabe de algum link para uma boa sebenta/apostila ou exercícios resolvidos de Teoria dos Anéis (Subanéis, Ideais, Geradores de Ideais, Domínios de Integridade e Corpos)?
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Autor:
felipe_ad - Ter Jun 29, 2010 19:44
Como resolvo uma questao desse tipo:
Uma usina de britagem produz pó de pedra, que ao ser depositado no solo, forma uma pilha cônica onde a altura é aproximadamente igual a 4/3 do raio da base.
(a) Determinar a razão de variação do volume em relação ao raio da base.
(b) Se o raio da base varia a uma taxa de 20 cm/s, qual a razão de variação do volume quando o raio mede 2 m?
A letra (a) consegui resolver e cheguei no resultado correto de

Porem, nao consegui chegar a um resultado correto na letra (b). A resposta certa é
Alguem me ajuda? Agradeço desde já.
Assunto:
Taxa de variação
Autor:
Elcioschin - Qua Jun 30, 2010 20:47
V = (1/3)*pi*r²*h ----> h = 4r/3
V = (1/3)*pi*r²*(4r/3) ----> V = (4*pi/9)*r³
Derivando:
dV/dr = (4*pi/9)*(3r²) -----> dV/dr = 4pi*r²/3
Para dr = 20 cm/s = 0,2 m/s e R = 2 m ----> dV/0,2 = (4*pi*2²)/3 ----> dV = (3,2/3)*pi ----> dV ~= 1,066*pi m³/s
Assunto:
Taxa de variação
Autor:
Guill - Ter Fev 21, 2012 21:17
Temos que o volume é dado por:
Temos, portanto, o volume em função do raio. Podemos diferenciar implicitamente ambos os lados da equação em função do tempo, para encontrar as derivadas em função do tempo:
Sabendo que a taxa de variação do raio é 0,2 m/s e que queremos ataxa de variação do volume quando o raio for 2 m:

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